sábado, 6 de junho de 2015

Fórmula 1 - Para dar a volta por cima!

Após a etapa da Malásia, Sebastin Vettel deu aos espectadores uma impressão de mais equilíbrio na temporada de 2015 da Fórmula 1. Mas após quatro corridas o cenário volta a ficar parecido com o de 2014: soberania e domínio quase total dos pilotos da equipe Mercedes, com Lewis Hamilton um pouco à frente de Nico Rosberg.

Essa soberania é um dos principais fatores da queda de audiência da Fórmula 1 no Brasil. Outro fator que deve ter grande influência nessa queda de audiência é a ausência de um piloto brasileiro que frequentemente está no pódio, vence corridas e disputa o título, como Ayrton Senna, Nelson Piquet, Emmerson Fittipaldi e o próprio Felipe Massa, há alguns anos atrás. Para melhorar essa queda de audiência, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, mudanças no regulamento, nos carros e na forma da corrida são necessárias. A questão que há muito tempo é discutida é: "O que mudar?". Há várias possibilidades e vários pontos que podem ser mudados. A questão do domínio de apenas uma equipe (como a Brawn em 2009, Red Bull em 2011 e 2013 e a Mercedes em 2014 e 2015) poderia ser mudada com o limite orçamentário da construção dos carros e a premiação do campeonato de construtores poderia ser mais igual, para que as equipes tenham desenvolvimento dos carros parecido, financeiramente, para maior competitividade entre mais equipes. A Fórmula 1 é um esporte muito caro, e isso certamente influencia na competição. A direção da Fórmula 1, diminuindo os custos, poderia até mesmo abrir espaço para a entrada de novas equipes na categoria, mas equipes que consigam se firmar e se desenvolver com mais facilidade. Outro ponto que poderia ser discutido é a tecnologia nos carros. É indiscutível que os carros mais tecnológicos são mais seguros, mas até onde isso pode ser bom para a categoria? Apenas as equipes com maior orçamento são capazes de aplicar e desenvolver a alta tecnologia nos carros. A Fórmula 1 não deveria voltar a ser aquela categoria das décadas de 1980 e 1990 que, apesar de competitivas, eram muito inseguras. Mas que o carro poderia ser mais manual é evidente. Outro fator que pode ser revisado é a pontuação das corridas, onde o vencedor ganha 25 pontos e os 10 primeiros pontuam. No sistema que permaneceu até 2009, apenas 8 carros pontuavam e o vencedor ganhava apenas 10 pontos. Quanto mais carros pontuarem maior será a competitividade, já que mais posições que oferecem pontos serão disputadas. Mas quanto menor a pontuação maior será a competitividade e a disputa pelo campeonato. Outro ponto que já está sendo discutido é a volta do reabastecimento e a disponibilidade de todos os tipos de compostos de pneus (super-macios; macios; médios; duros) para as equipes para todas as corridas , ampliando a diversificação de das estratégias de corrida.

Lewis Hamilton venceu as corridas da China e do Barein com certa facilidade e controle. Rosberg se manteve em segundo, tentando pressionar Hamilton, e sua estratégia diferente lhe garantiu a vitória na Espanha. Vettel errou na estratégia no Barein, e chegou em quinto, mas nas corridas da China e da Espanha conseguiu pressionar os carros da Mercedes, mas conquistou apenas terceiro. Kimi Räikkönen não consegue acompanhar o ritmo dos carros da Mercedes e de seu companheiro de Ferrari, Sebastian Vettel. A corrida de Mônaco se caminhava para mais uma vitória de Hamilton, com Rosberg em segundo e Vettel em terceiro. Mas, em um erro de estratégia no final da prova, Hamilton entrou nos pits e deu a vitória para Rosberg e o segundo lugar para Vettel.

O campeonato se desenha para uma disputa entre Hamilton, Rosberg e com alguma pressão de Vettel. Para os demais resta apenas uma rápida reação ou o planejamento para 2016.

Guilherme Jamil

2 comentários:

  1. Hoje outra corrida monótona. Até a imprensa já está esgotando as alternativas... Boa postagem, como sempre.

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  2. A F1 poderia voltar a incentivar a participação dos fabricantes de veículos comuns, seja como equipes, seja como fornecedora de motores, como já tivemos a Renault, a Ford, BMW, Toyota, etc. Também seria bom se houvessem 2 ou mais fornecedores de pneus. Mas concordo com o texto no que diz respeito à necessidade de todas as equipes terem condições iguais. Haverá maior visibilidade da categoria com o aumento da competitividade de todos os carros, ou seja, se mais equipes e pilotos tiverem chances iguais de vitórias.

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