domingo, 7 de junho de 2015

Champions League - O prêmio que todo jogador quer!

Apos uma má fase, temporadas sem títulos importantes e o fim da doutrina, construída no comando de Josep Guardiola, o Barcelona, reestruturado, está de volta ao topo.

Foi mais um jogo típico dos europeus, bem diferente do futebol que estamos acostumados a ver nos campeonatos brasileiros. Um jogo de intensidade total, muita marcação, muita valorização da posse de bola e a movimentação junto com passes com qualidade que foram primordiais para a construção das principais jogadas. Como na maioria dos jogos dos campeonatos europeus, a posse de bola foi decisiva e fundamental para a vitória do Barcelona, que contou com a experiência e a habilidade dos meio-campistas Busquets, Rakitić e Iniesta (mais tarde, Xavi Harnández) para controlar o meio-campo no jogo, ter mais posse de bola, trocar mais passes, movimentar muito e armar jogadas que levaram perigo ao gol, implementando seu estilo de jogo e fazendo sua proposta se sobressair sobra a da Juventus. O Barcelona ainda explorou o lado esquerdo do campo no primeiro tempo, jogando em cima de Marchisio, da Juventus. Também pareceu mais intenso, disposto e melhor preparado fisicamente. Com isso, controlou o primeiro tempo, chutou mais vezes ao gol e chegou ao primeiro gol com Rakitić, aos quatro minutos, após uma ótima jogada pela esquerda e uma assistência de Iniesta. O time espanhol ainda teve várias chances de ampliar o placar, mas foi a Juventus que chegou ao gol, com um excelente passe de Marchisio para Lichtsteiner pela ponta direita, que achou Tévez na área e Morata aproveitou o rebote para empatar. A Juventus aproveitou seu momento no jogo para tentar a virada, mas se expôs muito, dando espaços para contra-ataques do time espanhol. Em um desses contra-ataques Suárez marcou, após um rebote do chute de Messi. A Juventus não deveria se expor muito contra um time que tem um trio ofensivo muito habilidoso e veloz, talvez esse tenha sido o principal erro. Após o gol de Suárez ambos os times ainda tiveram chances, mas o Barcelona aproveitou mais um contra-ataque e Neymar fechou o placar em 3 a 1.

A Juventus deveria ter pressionado mais a saída de bola do Barcelona e o meio-campo deveria ter se imposto no jogo. A posse de bola foi fundamental para a decisão do jogo, e assim a Juventus não chegou a ter controle do jogo. Talvez, se o meio-campo tivesse se imposto sobre o Barcelona, os atacantes Morata e Tévez teriam aparecido mais para o jogo e Pogba aproveitaria de sua velocidade, Pirlo seria fundamental com passes precisos, Vidal e Marchisio se movimentariam mais e a Juventus teria mais oportunidades de chutar ao gol. A Juventus pareceu ter sentido muito o alto desgaste físico sofrido pela maioria dos jogadores, o que deu mais oportunidades para o Barcelona atacar. Ressaltando que a posse de bola seria fundamental, o Barcelona teve controle do jogo a partir da grande porcentagem do tempo com a bola dominada. Busquets, Iniesta e Rakitić se sobressaíram sobre o meio-campo da Juventus, controlaram o jogo e criaram mais oportunidades de gol, a partir da alta movimentação de Suárez e Neymar. Messi não se movimentou muito no primeiro tempo, mas participou de jogadas importantes no segundo tempo. Contudo, a impressão que sua falta de movimentação passou foi que Messi sentiu muito desgaste físico, já que esse é o último jogo da temporada e Messi é uma peça indispensável nesse time do Barcelona. Mas o time, como um todo, se mostrou muito bem preparado fisicamente para o jogo, apesar do alto desgaste. Houveram muitos contra-ataques com muita velocidade e muito eficientes, que provaram o esse bom preparo físico do Barcelona.

Alguns já falam em time do século, ou em doutrina. Mas o que é certo é que o Barcelona leva a Champions League pela quinta vez (pela terceira vez em sete anos). Uma verdadeira aula de profissionalismo e futebol de alto nível, que dá gosto de se ver jogar.


Foi sim um prêmio. Mas foi muito merecido.

Guilherme Jamil

2 comentários:

  1. Ótimo! Você está escrevendo cada vez melhor! Parabens!

    ResponderExcluir
  2. Apesar de ter torcido para "La Vecchia Signora", foi merecido o título para o Barcelona, pelos talentos individuais e pelo jogo coletivo. show de análise.

    ResponderExcluir