Foi mais um jogo típico dos europeus, bem diferente do futebol que estamos acostumados a ver nos campeonatos brasileiros. Um jogo de intensidade total, muita marcação, muita valorização da posse de bola e a movimentação junto com passes com qualidade que foram primordiais para a construção das principais jogadas. Como na maioria dos jogos dos campeonatos europeus, a posse de bola foi decisiva e fundamental para a vitória do Barcelona, que contou com a experiência e a habilidade dos meio-campistas Busquets, Rakitić e Iniesta (mais tarde, Xavi Harnández) para controlar o meio-campo no jogo, ter mais posse de bola, trocar mais passes, movimentar muito e armar jogadas que levaram perigo ao gol, implementando seu estilo de jogo e fazendo sua proposta se sobressair sobra a da Juventus. O Barcelona ainda explorou o lado esquerdo do campo no primeiro tempo, jogando em cima de Marchisio, da Juventus. Também pareceu mais intenso, disposto e melhor preparado fisicamente. Com isso, controlou o primeiro tempo, chutou mais vezes ao gol e chegou ao primeiro gol com Rakitić, aos quatro minutos, após uma ótima jogada pela esquerda e uma assistência de Iniesta. O time espanhol ainda teve várias chances de ampliar o placar, mas foi a Juventus que chegou ao gol, com um excelente passe de Marchisio para Lichtsteiner pela ponta direita, que achou Tévez na área e Morata aproveitou o rebote para empatar. A Juventus aproveitou seu momento no jogo para tentar a virada, mas se expôs muito, dando espaços para contra-ataques do time espanhol. Em um desses contra-ataques Suárez marcou, após um rebote do chute de Messi. A Juventus não deveria se expor muito contra um time que tem um trio ofensivo muito habilidoso e veloz, talvez esse tenha sido o principal erro. Após o gol de Suárez ambos os times ainda tiveram chances, mas o Barcelona aproveitou mais um contra-ataque e Neymar fechou o placar em 3 a 1.
A Juventus deveria ter pressionado mais a saída de bola do Barcelona e o meio-campo deveria ter se imposto no jogo. A posse de bola foi fundamental para a decisão do jogo, e assim a Juventus não chegou a ter controle do jogo. Talvez, se o meio-campo tivesse se imposto sobre o Barcelona, os atacantes Morata e Tévez teriam aparecido mais para o jogo e Pogba aproveitaria de sua velocidade, Pirlo seria fundamental com passes precisos, Vidal e Marchisio se movimentariam mais e a Juventus teria mais oportunidades de chutar ao gol. A Juventus pareceu ter sentido muito o alto desgaste físico sofrido pela maioria dos jogadores, o que deu mais oportunidades para o Barcelona atacar. Ressaltando que a posse de bola seria fundamental, o Barcelona teve controle do jogo a partir da grande porcentagem do tempo com a bola dominada. Busquets, Iniesta e Rakitić se sobressaíram sobre o meio-campo da Juventus, controlaram o jogo e criaram mais oportunidades de gol, a partir da alta movimentação de Suárez e Neymar. Messi não se movimentou muito no primeiro tempo, mas participou de jogadas importantes no segundo tempo. Contudo, a impressão que sua falta de movimentação passou foi que Messi sentiu muito desgaste físico, já que esse é o último jogo da temporada e Messi é uma peça indispensável nesse time do Barcelona. Mas o time, como um todo, se mostrou muito bem preparado fisicamente para o jogo, apesar do alto desgaste. Houveram muitos contra-ataques com muita velocidade e muito eficientes, que provaram o esse bom preparo físico do Barcelona.
Alguns já falam em time do século, ou em doutrina. Mas o que é certo é que o Barcelona leva a Champions League pela quinta vez (pela terceira vez em sete anos). Uma verdadeira aula de profissionalismo e futebol de alto nível, que dá gosto de se ver jogar.
Foi sim um prêmio. Mas foi muito merecido.
Guilherme Jamil
Ótimo! Você está escrevendo cada vez melhor! Parabens!
ResponderExcluirApesar de ter torcido para "La Vecchia Signora", foi merecido o título para o Barcelona, pelos talentos individuais e pelo jogo coletivo. show de análise.
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