Nesse dia, não morreu apenas um piloto. Morreu um símbolo da Fórmula 1, um astro brasileiro e uma nação inteira pareceu ter sofrido por ele também. Ayrton deixa saudades... .
Mas não deixa apenas pelo lado ruim. A história de um grande piloto e uma grande pessoa também.
O espetáculo de Senna começou cedo, aos 4 anos, com um carro construído pelo pai de Ayrton, Milton Silva, que dispunha-se de um motor de um cortador de grama, e foi com essa geringonça que Ayrton começou a escrever sua história.
As competições oficias começaram a serem bancadas pelo seu pai. Aos treze anos, Ayrton participou de seu primeiro campeonato. Em 1977, após terminar em segundo em várias ocasiões (nos campeonatos paulista e mundial), Ayrton chegou ao seu primeiro título, quando ganhou o campeonato sul-americano. Ainda em 1977, Ayrton também se sagrou campeão brasileiro e, após seu terceiro título brasileiro e sul americano simultaneamente, Ayrton foi buscar seu futuro na Europa.
Em 1981 se sagrou campeão da Fórmula Ford 1600, vencendo 12 das 20 corridas pela equipe de Ralf Firman e em 1982, já na Fórmula Ford 2000, Ayrton venceu 22 das 27 corridas e o título, garantindo uma vaga na Fórmula 3.
Em 1983, Ayrton estabeleceu um novo recorde na categoria: 9 vitórias consecutivas, ganhando 13 em 21 corridas do total, que lhe concedeu o título de forma brilhante e um teste na equipe Williams.
Em 1984, Ayrton entrou na Fórmula 1, entretanto na equipe Toleman. Sem um carro de ponta, Ayrton brilhou e conseguiu um segundo lugar em Mônaco. Em 1985 foi para a Lotus onde venceu sua primeira corrida em Estoril, de forma incrível sobre forte chuva, onde colocou uma volta em cima de cada adversário, menos um.
Em 1986 e em 1987 desenhava-se um incrível piloto. Ayrton permaneceu na Lotus e venceu quatro corridas durante estes anos.
Em 1988 a oportunidade surgiu e Senna aproveitou. Senna foi para a McLaren e fez dupla de equipe com Alain Prost, e levou a melhor vencendo 8 corridas e o título com uma corrida de antecedência, mas de forma incrível novamente. Após fazer a pole position, "ficar" na largada e cair para 16ª posição, nosso herói virou a corrida e venceu.
Em 1989, Prost e Senna começaram um duelo histórico na Fórmula 1, chegando ao Japão como líder e vice-líder, de novo. Na volta 46 de 53, Prost forçou um toque com Ayrton e abandonou. Já Senna, retornou à corrida, com o bico e suspensão avariadas, fez um pit-stop, voltou em 2º e venceu. Contudo, foi desclassificado por ter usado a pista de serviço e o título ficou com Prost.
Em 1990 e em 1991, Prost correu pela Ferrari e Senna teve dois bons carros e ficou em excelente posição para vencer. Em 1990, foi de forma triste, mas como todos os brasileiros queriam. Senna bateu em Prost logo na primeira curva e ficou com o título após a amarga derrota de 1989.
Em 1991, foi mais tranquilo. Venceu sete das dezesseis corridas (incluindo a corrida no Brasil em que terminou a corrida apenas com a sexta marcha) e, no Japão de novo, disputou com Mansell que passou reto na primeira curva da nona volta, entregando o título para Senna.
Em 1992 e 1993, Senna competiu contra dois carros eletrônicos da Williams. Entretanto fez história em algumas corridas como em Mônaco em 1992 e 1993 e em Donington Park, no GP da Europa em 1993. Foram dois bons anos que Senna correu muito bem, mas tinha um carro muito inferior às Williams, que faturaram os dois títulos.
Em 1994 Ayrton foi para a Williams. Neste ano, foi proibido o uso de equipamentos eletrônicos, que fez a Williams perder toda sua vantagem em relação aos demais. Ayrton perdeu o carro na primeira curva do GP do Pacífico e rodou, na volta 55 do GP do Brasil. Em Ímola, Ayrton viu de perto o acidente de Rubens Barrichello e o acidente fatal de Roland Ratzenberger. Na corrida, Ayrton foi ao muro na volta oito na curva Tamburello, onde milhares de fãs viram de perto a partida de uma figura do esporte brasileiro.
São essas as lembranças que mais marcaram para seus fãs. Não o vi correr, mas foi incrível o que ele fez e o que ele deixou. Todas as homenagens serão pouco demais para Ayrton Senna da Silva.
Guilherme Jamil
Muito bacana um comentário emocionado de quem não "viveu" Senna. Realmente ele deixou saudades.
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