sexta-feira, 30 de maio de 2014

Schumacher - Ídolo eterno

O maior campeão da Fórmula 1 e ídolo de muitos telespectadores da categoria completa hoje 5 meses em coma, após sofrer um acidente de ski. Mas quem é Schumacher? O que ele fez de importante? O que ele fazia?
Após cinco meses em coma, fiz um texto sobre ele. Para mim, ele é a minha maior influencia, e foi a minha maior influência como exemplo de piloto da Fórmula 1.


Cresci vendo Michael Schumacher na Fórmula 1, em seu auge, na época de seu pentacampeonato pela Ferrari. Enquanto correu, o acompanhei, em todas as manhãs de domingo, onde seu espetáculo vinha a aparecer. Schumacher era um piloto que tinha excelente percepção à todos os elementos da corrida. Sua esperteza o ajudava a saber exatamente o que fazer. Schumacher também tem caráter. A fama de "Dick Vigarista" o persegue, contudo, seu caráter é outro. É o caráter de um piloto que já doou dezenas de milhões de dólares para a caridade. É também embaixador da UNESCO e procura incentivar o esporte infantil.
Sua carreira começou cedo.
Aos quatro anos, Schumacher ganhou seu primeiro kart, movido a um motor de uma moto abandonada à beira de um rio. Com essa gambiarra, Schumacher começou a escrever sua história no automobilismo. Porém, o sonho de Schummy era tornar-se um jogador de futebol. Aos 5 anos, Schumacher ganhou seu primeiro kart com peças originais, entretanto, usado. E Schumacher continuou no kart vencendo corridas e disputando campeonatos até os 19 anos. Neste período, venceu o campeonato alemão e o campeonato europeu de kart. Assim que saiu da escola começou a trabalhar de mecânico. Aos 19 anos, disputou a Fórmula Ford alemã e a Fórmula König (também de protótipos alemães), vencendo a Fórmula König. Aos 20, disputou e venceu a Fórmula 3 alemã, e, no ano seguinte, disputou a Fórmula 3 européia, vencendo o campeonato e a corrida mais famosa, o GP de Macau. Aos 22 anos, Schumacher se juntou à Mercedes e a mais dois futuros pilotos de Fórmula 1 alemães: Heinz-Harald Frentzen e Karl Wendlinger, participando do programa de protótipos esportivos da equipe, tendo o ex-piloto alemão Jochen Mass como seu instrutor. Participou, então, do campeonato e disputou as 24 horas de Le Mans de 1991.
Após Bertrand Gachot (na época, piloto da Jordan, na Fórmula 1) ter sido preso, Schumacher foi substituí-lo no GP da Bélgica. Bastou apenas este Grande Prêmio para que fosse contratado pela Benetton, mesmo abandonando a prova na primeira volta. Portanto, correu o resto da temporada com a Benetton, somando 4 pontos e chagando à frente de Nelson Piquet em seu melhor resultado da temporada (5º lugar na Itália). Em 1992, fez sua primeira te porrada completa. Fez boas atuações e começou a aparecer para a Fórmula 1.
Em 1992 e em 1993, permanecia o domínio da Williams na Fórmula 1, porém, Schumacher, com sua Benetton, ainda conseguiu se destacar na Fórmula 1. Em 1992, Schumacher ainda vencera sua primeira corrida, na Bélgica, no mesmo palco de sua estreia, um ano antes. Neste ano, ele terminou o campeonato em terceiro, à frente de Ayrton Senna e apenas três pontos atrás de Riccardo Patrese, o vice-campeão daquele ano. No ano seguinte, Schumacher venceu mais uma corrida, porém, a hegemonia da Williams continuava, e, então, mais uma vez, ficou sem chances para disputar o título. Entretanto, terminou o campeonato em quarto, atrás apenas das duas Williams de Alain Prost e Damon Hill, e de Ayrton Senna. Em 1994, o melhor carro era o seu, mas Ayrton, mesmo com um carro muito ruim, fez as três pole positions nas três primeiras corridas, mas o vencedor nas três foi Schumacher. Ayrton abandonara normalmente as duas primeiras provas, até que em San Marino, Schumacher viu seu ídolo morrer em sua frente. Mas Schumacher seguiu em frente, e tentou amenizar o impacto que a morte de Ayrton causara na Fórmula 1. Muitas polêmicas o envolveu naquele ano, como a retirada de uma válvula do tanque de combustível, que permitia a chegada de impurezas no tanque, mas o fazia ser, cerca de um segundo, mais rápido que os demais no pit-stop. E, no GP da Inglaterra, Schumacher recebeu uma punição de stop and go , mas a pedido da equipe, não o cumpriu. Mais tarde, Schumacher foi julgado e tomou duas corridas de suspensão. Contudo, chegou à última corrida apenas um ponto à frente de Damon Hill, e, na corrida, uma batida entre os dois, deu o primeiro título ao alemão, após uma temporada incrível, com oito vitórias em apenas quatorze corridas disputadas, duas a menos que seu rival Damon Hill, devido à sua suspensão. No ano seguinte, a Benetton continuou com um excelente carro, e Schmmy venceu nova das dezessete corridas da temporada e venceu o campeonato com 33 pontos de frente, em relação à Hill, novamente. A Ferrari, então completava dezesseis anos que não vencia um campeonato. Com uma difícil missão pela frente, Schumacher topou o desafio e se moveu para a Ferrari (que é sonho de muitos pilotos).
 

A princípio, os ferraristas foram contra a vinda de Schumaher, porém, ele foi conquistando a confiança dos torcedores aos poucos. Em Barcelona, Schumacher conseguiu sua primeira vitória com a Ferrari. Mas não foi uma vitória qualquer. Após péssima largada e sob forte chuva, Schumacher teve problemas em seu motor e dois de seus dez cilindros pararam de funcionar. Mesmo assim, Schumacher continuou andando quatro segundos mais rápidos que seus adversários por volta, e venceu. Mesmo com um carro muito deficiente, como nas entradas de ar, e no motor, Schumacher seguiu vencendo corridas, mas perdeu o título para Hill naquele ano, para desespero dos ferraristas. No ano seguinte, a temporada ficou mais equilibrada, com quatro equipes diferentes vencendo corridas e Jordan, Prost e Stewart figurando entre os primeiros. O maior adversário de Schumacher naquele ano, seria Villeneuve, e o campeonato seria deicidido na última corrida, e Schumacher um ponto na frente, novamente. Mas Schumacher causara um acidente de novo, com seu adversário, igual à 1994. Contudo, desta vez, a FIA não deixou passar, e desclassificou Schumacher do campeonato. No ano seguinte, um de seus maiores rivais na Fórmula 3, Mika Hakkinen, disputou pelos três anos seguinte o campeonato com Schumacher. O melhor carro nos três anos foi o da McLaren de Hakkinen. Em 1998, o domínio da McLaren foi avassalador, vencendo 5 das 6 primeiras corridas, sendo 4 com Hakkinen. Mas Schumacher reagiu e venceu as três seguintes etapas. E, mais uma vez, a disputa seguiu até a última corrida. Em 1994 a decisão foi na Austrália, no circuito de Adelaide. Em 1997, foi em Jerez de La Fontera, na Espanha. Este ano, a decisão seria em outro palco. O palco onde Ayrton havia triunfado várias vezes, e onde já havia decidido inúmeros campeonatos. Neste ano, a decisão voltava para Suzuka, no Japão. Schumacher fez a pole position, mas como já havia acontecido com ele em 1996, o seu motor apagou na volta de apresentação e Schumacher foi forçado a largar de último. Recuperou-se bem e chegou a andar em terceiro, quando seu pneu furou e Schumacher foi forçado a abandonar, dando o título à Hakkinen. No ano seguinte, a Ferrari completava 20 anos sem um campeonato sequer. Neste ano, porém Schumacher bateu forte na Inglaterra e quebrou a perna, sem a menor chance de disputar o título. A disputa ficou entre seu companheiro de equipe Eddie Irvine e Mika Hakkinen. Irvine chegou à última etapa do campeonato quatro pontos à frente de Hakkinen. Mas largou mal, terminou em terceiro e Hakkinen venceu a corrida e o campeonato. Em 2000, a Ferrari se reestruturou com a chegada de Rubens Barrichello e Schumacher conseguiu um domínio triunfante, ao vencer nove corridas novamente e vencer o campeonato com folga, 19 pontos à frente de Hakkinen. Então, a Ferrari venceu seu primeiro título em 21 anos. A partir do ano seguinte até 2004, Schumacher dominou de forma assombrante, quebrando recordes e vencendo o campeonato de 2001 pouco depois da metade do campeonato, conquistando nove vitórias, porém, venceu o campeonato com 58 pontos de frente e 14 pódios em 17 corridas. Em 2002 Schumacher fez 144 pontos (outro recorde, até então). Venceu 11 corridas terminou o campeonato 67 pontos à frente do segundo colocado (Rubens Barrichello). Em 2003, Schumacher começou a ter os carros da Williams como adversários: Juan Pablo Montoya e Kimi Räikkönen. A três corridas do fim da temporada, Schumacher estava com 72 pontos, Montoya em segundo com 71 e Räikkönen em terceiro com 70. Schumacher venceu as duas corridas seguintes e bastava chegar em oitavo para ser campeão, e chegou por ali mesmo. Hexacampeão, Schumacher ainda queria mais. Na temporada seguinte, Schumacher quebrou seu recorde, fazendo 148 pontos, e quebrou o recorde, até então. Em 18 corridas, consegiu 15 pódios, sendo 13 vitórias, dois segundos lugares; um abandono, um sétimo e um décimo segundo lugar. E o maior recorde: 7 títulos. Em 2005, seu império acabou. Feranando Alonso, da Renault e Kimi Räikkönen da McLaren tinham carros muito superiores e disputaram o campeonato entre si, com Alonso levando a melhor e Schumacher em terceiro, com apenas uma vitória. No ano seguinte, anunciou sua aposentadoria. Mas Alonso saiu na frente, mas a disputa esse ano, era com Schumacher, que a duas corridas do fim da temporada, venceu na China e igualou em número de pontos e, como tinha mais vitórias, foi à frente no campeonato. Mas abandonou na corrida seguinte, no Japão, enquanto liderava, e deixou o caminho livre para Alonso vencer e abrir vantagem suficiente para vencer o campeonato no Brasil. Nesta corrida, Schumacher fez história, ao largar de décimo, ter o pneu furado por duas vezes e chegar em quarto, após quase tomar uma volta de Massa. Ao fim da temporada, se aposentou.


Mas, com saudades, voltou a correr em 2010 pela equipe Mercedes. Com aparições bem discretas e apenas um pódio, Schumacher estava apenas se divertindo e aposentou em 2012, com 307 Grandes Prêmios disputados.
Desta maneira, Schumacher encantou a muitos na Fórmula 1. Serviu de influência para muitos jovens que começaram a acompanhar a Fórmula 1 e o viram correr.
Schumacher gosta de muitos esportes, inclusive se esqui. Chegou a jogar pela terceira divisão da Suíça, pelo Echichens. Mas em 2013, teve um sério acidente de esqui e teve um traumatismo craniano. Vêm se recuperando, mas permanece em coma. Boa recuperação para ele. Espero que retorne à Fórmula 1. Certamente, não voltará como piloto, pois já fez sua história.


Mas sua presença torna a Fórmula 1 mais alegre.


Guilherme Jamil

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Fórmula 1 - O clima esquenta!

Após seis, corridas, polêmicas ainda giram em torno da Fórmula 1. Rosberg não gosta de andar atrás de Hamilton, por isso, o atrapalhou em seu treino classificatório em Mônaco, parando seu carro nas estreitas pistas do principado, o que causou bandeira amarela e impediu que Hamilton fosse mais rápido na qualificação e o ultrapassasse na corrida. Em Barcelona, a crítica foi ao som dos motores, que não estão muito bons para maior parte do público. Particularmente, gostei muito do som dos novos motores, que remetem ao som dos carros da era Senna, dos anos 80 e 90. Acho que o barulho e o ronco dos motores, ficaram semelhantes à estes, principalmente devido ao retorno dos motores turbo, presentes naquela época. Mas também era fã dos motores sem turbo, v8, v10 e v12. Afinal, a era de Schumacher pela Ferrari, foi com estes motores, e foi com eles que aprendi a gostar de Fórmula 1. Acho que não deveriam trocar o barulho dos motores, pois cada um tem uma semelhança com um exclente passado da categoria.
Retornando ao presente, o fato é que, além de todas essas polêmicas, o que importa mesmo que é o campeonato, está muito disputado, mas acho que Lewis Hamilton está um pouco mais qualificado e perparado que Nico Rosberg para vencer o duelo interno e mundial. Rosberg ganhou apenas quando Hamilton abandonou e quando não teve oportunidades de ultrapassá-lo. Porém, em todas as corridas que o inglês (Lewis Hamilton) venceu, Nico Rosberg se aproximava dele no final, mas ainda falta um pouco mais para Rosberg alcançar Hamilton. Ao observar as corridas, vejo uma certa preferência ao inglês, que escolhe primeiro sua estratégia perfeita, muitas vezes forçando Rosberg a mudar a sua.
Outro ponto, no mínimo inesperado, é o fato de Daniel Ricciardo sobressair-se em relação ao companheiro de equipe Sebastian Vettel. Depois de quatro anos de hegemonia quase total, a fantástica fábrica de vitórias estaria caindo? Ou será apenas o fim da dinastia do alemão (Vettel)? Em meu ponto de vista, Daniel Ricciardo está, sim, se sobressaindo à Vettel. Porém o que aconteceu com o alemão? Uma hegemonia de quatro anos não pode acabar em resultados como dois abandonos nas seis primeiras corridas (sendo Vettel, quem não abandonara apenas uma no ano passado), e apenas um pódio. Além de todas as dificuldades que enfrentou no Bahrein, na China e na Espanha, principalmente. O caso da Ferrari é diferente. Não foi muito bom o período de Stefano Domenicali no comando da Ferrari. Nestes anos, Felipe Massa guiou um carro construído parcialmente por Jean Todt em 2008 e ficou e no segundo lugar no campeonato. Entre os anos de 2009 e 2013, a Ferrari teve carros terríveis e, Fernando Alonso, ficou muito limitado para vencer, sendo vice em 2010, 2011 e em 2012 e em 2010 e em 2012 perdendo apenas na etapa final. Porém, nem Felipe Massa, nem Kimi Räikkönen nestes anos, conseguiram fazer boas corridas ou campeonatos. A Lotus s não conseguiu desenvolver seu carro, mas Romain Grosjean mostrou-se comeptente o suficiente para fazer alguns pontos e "carregar o time nas costas", sozinho. Outra equipe que se mostra competitiva é Force Índia que vêm crescendo muito nestes últimos anos. Seu motor Mercedes e seus pilotos jovens e arrojados, colocaram-na em uma ótima posição em relação as demais. Neste ritmo, a Force Índia dará mais um passo este ano para se tornar uma equipe de ponta. A Toro-Rosso segue cumprindo seu papel de revelação de pilotos. Jovens demais, Vérgne e Kvyat já mostraram ser. Mas cuidado com eles no futuro, que eles ainda tem muito talento para mostra, além de muita competitividade e superação, mesmo com um carro um pouco limitado. O último destaque das equipes foi a Marussia. Deu um pequeno passo no campeonato, mas um gigante passo para ela mesma, após Jules Bianchi marcar seu primeiro ponto na categoria ao chegar de nono no GP de Mônaco.
- GP da China: Uma corrida marcada pela enrome vantagem de Lewis Hamilton e pelo milagre que Fernando Alonso vem fazendo com uma Ferrari extremamente limitada. A Red Bull também mostrou-se presente na corrida com os 4º e 5º lugares. Danil Kvyat também andou bem com a Toro Rosso, ganhando um pontinho. Felipe Massa teve problemas novamente, mas seu companheiro Valterri Bottas fez boa corrida e tem taleno de sobra para mostrar do que a Williams é capaz. A Force índia tamém vem somando pontos importantes. Hulkenberg e Pérez terminaram na zona de pontos e estão crescendo muito este ano.
- GP da Espanha: Sebastian Vettel não fez boa qualificação, mas na corrida andou quase no mesmo ritmo que as Mercedes e conseguiu uma quarta colocação, nada mau. Rosberg veio se aproximando de Hamilton no final, mas não teve chances para ultrapassar. Lewis Hamilton fez mais uma corrida magistral e quando precisou de acelerar, pisou fundo e venceu novamente. Bottas foi uma surpresa. Andou na frente durante toda a corrida e conseguiu um quinto lugar, mais um excelente passo para ele e para a Williams. Porém, não teve cahances contra as duas Red-Bull. O carro de Ricciardo está muito bom e ele também está mostrando muita consistência. Têm muito talento ainda para mostrar.
As dus Ferraris também fizeram uma corrida relativamente boa, se comparada com os adversários. Fernando Alonso continua tentando fazer algo coom um carro muito limitado para seu nível, e Kimi Räikkönen conseguiu um de seus melhores resultados. As Force Índia fizeram uma corrida discreta, porém ganharam algumas posições e ambos os pilotos pontuaram novamente. Romain Grosjean pontuou com um carro muito ruim de sua equipe, mas ele também está tirando proveito de tudo do carro, indo além do que seu carro lhe permite.
- GP de Mônaco: Mais um domínio das flechas de prata. Porém desta vez com Rosberg que reassumiu a ponta do campeonato. Ricciardo apareceu novamente, conseguindo uma incrível terceira colocação. Alonso ainda permaneceu no "top 5", chegou muito bem e terminou em quarto. A corrida, entretanto, foi marcada pelo grande número de abandonos: 8, incluindo o segundo se Sebastian Vettel na temporada. Com isso, Jules Bianchi aproveitou e chegou em nono, após andar em oitavo e pagar punição por excesso de velocidade no pit-stop. Nico Hulkenberg mostrou mais uma vez que está muito bem preparado para ir a uma equipe grande, ou, até mesmo, fazer da Force Índia uma equipe de ponta. Grosjean pontuou novamente e continuou mostrando consistência, ao chegar em oitavo. As Mclaren também aproveitaram os abandonos, com Jenson Button em sexto e Kevin Magnussen em 10º. Felipe Massa passou quse que despercebido e fez uma boa corrida, ao chegar em sétimo , depois de ganhar nove posições desde a largada.
A temporada está com o clima lá em cima.



Mas, preparem-se que ainda vai esquentar mais!


Bom campeonato à todos! Senhores, arranquem os motores!

Guilherme Jamil










quarta-feira, 28 de maio de 2014

Indy 500 - A mais famosa última volta de um piloto

Este domingo, foi um dos maiores dias do automobilismo. O dia da Indy 500. Simplesmente a maior corrida do automobilismo mundial, pela sua disputa e intensidade, além da tradição. A Indy 500 começou há muito tempo atrás, em 30 de maio de 1911. O vencedor foi Ray Harround, pilotando seu carro Marmon 32. Ele havia largado da 28ª posição e veio para a vitória. Estima-se que 80 mil telespectadores estavam presentes no dia. No ano seguinte, muitas regras novas foram incorporadas, como o limite de 33 carros e a inclusão de um mecânico a bordo. Neste mesmo ano, montadoras européias também desenvolveram seus próprios carros e incluíram-se na prova. Neste ano, Joe Dawson venceu a corrida, após a quebra da Mercedes de Ralph de Palma quebrou. Em 1920, Gaston Chevrolet venceu a prova com um carro movido a um motor v8 (oito válvulas que fornecem potência), o primeiro motor desse tipo a vencer a corrida. Em 1923, passou a ser facultativo um co-piloto presente dentro do carro. No início da década, Harry Miller havia construído um motor 3.0, inspirado no componente de um Peugeot Grand Prix. Miller, então, passou a construir seu próprio carro. Estes então, movidos a motores 2,0 e 1,5 litros, deram-lhe quatro vitórias, até 1929, e mais sete triunfos até 1938. Antes disso, em 1925, Pete de Paolo foi o primeiro piloto a conseguir uma velocidade média de 100 milhas por hora, (160 km/h). Em 1935, Fred Offenhauser e Leo Goosen (ex-funcionários de Miller) vencem sua primeira corrida, iniciando um recorde de 27 vitórias para o tipo de motor "Offy", sendo 18 consecutivas. Duas décadas depois de se retirarem, os europeus voltaram a competir a prova. A Maserati 8CM de Wilbur Shaw mostrou-se presente em 1939 e em 1940, onde Shaw tornou-se o primeiro a vencer a corrida por dois anos consecutivos. Entre 1950 e 1960, a grande corrida de Indianápolis foi incluía no campeonato de Fórmula 1. Porém, os europeus não participaram em massa da corrida. Após a FIA excluir a "The 500" (outra nomenclatura da corrida), muitos ingleses participaram das edições seguintes, como Colin Chapman trazendo a Lotus para a corrida de 1963, Jim Clak de 1963 até 1965, Graham Hill em 1966, entre muitos outros. Em 1972, 1974 e em 1976, Offenhauser uniu forças com a Mclaren e venceu as três etapas com um chassi desenvolvido pela equipe. A partir da década de 1960, muitos ex-pilotos de Fórmula 1 (inclusive alguns brasileiros) começaram a correr a Indy 500. Alguns pilotos se destacaram como Mario Andretti, (vencendo em 1969), Ed Cheever (vencendo em 1998), Jacques Villeneuve (vencendor da edição de 1995), Juan Pablo Montoya (vencedor em 2001), Emmerson Fittipaldi (que se sagrou bi-campeão da corrida, vencendo em 1989 e 1993), entre muitos outros que também disputaram e se destacaram como Nelson Piquet. Após a vitória de Emmerson Fittipaldi, o Brasil ainda esperaria por mais 8 anos para ter outro vencedor brasileiro. Porém, Hélio Castroneves quebrou esse jejum vencendo em 2001 e em 2002, e para complementar, Gil de Ferran venceu em 2003. Em 2009, Castroneves fazia história, ao se tornar tri-campeão da prova. E em 2013, Tony Kannan também colocara seu nome na história ao vencer a prova. Antes disso, algo inédito aconteceu em 2011. J. R. Hildebrand liderava com uma certa vantagem à Dan Wheldon na última volta, mais do que suficiente para lhe conferir a vitória. Porém, na curva 4 (última) Hildebrand teve que se desviar de um retardatário, mas não desviou do muro. Com o carro "aos trancos e barrancos", cruzou a linha de chegada, mas não à frente de Dan Wheldon:


O que se esperar, então dessa edição? Confira como foi. Na última volta, de novo...
A Indy 500 deste ano contou com os tradicionais 33 pilotos. Muitos, participaram apenas desta etapa, que, pela tradição da prova. Além de 33 pessoas do lado de dentro da pista, mais meio milhão de pessoas estavam nas arquibancadas, mais alguns milhões de telespectadores vendo a corrida através da televisão.
Na pista, a corrida começou de forma eletrizante.


Logo na largada, James Hinchcliffe e Will Power ultrapassaram Ed Carpenter e Hinchcliffe assumiu a ponta. Hélio Castroneves perdeu a quarta posição para Simon Pagenaud e a quinta para Marco Andretti. Na segunda volta, Castroneves recuperou o quarto lugar e Ed Carpenter passou Will Power e retomou o segundo lugar. Tony Kannan foi um dos pilotos que largaram bem e ganhou duas posições. A partir da volta 3, Ed Carpenter partiu para o ataque em cima de Hinchcliffe para retomar a liderança. Ameaçando em todas as voltas, na volta 10 Ed Carpenter conseguiu retomar a liderança, "jogando por dentro". Entretanto, o "top 5" grupo dos cinco primeiros se permaneceu muito conservador, pelo fato dos pilotos economizarem combustível e pneu, e pegar o "vácuo" na falta de atrito do ar entre o carro da frente e o carro do piloto. Com iso, o primeiro não conseguiu se distanciar dos demais, porém também não foi muito ameaçado. Na volta 11, a outra mudança nos 5 primeiros foi a ultrapassagem de Hildebrand em cima de Marco Andretti. Ryan Hunter-Reay seguia fazendo ultrapassagens e continuava chegando cada vez mais perto do "top 5". Na volta 14, Hunter-Reay passou Carlos Muñoz e assumiu o nono lugar. Simon Pagenaud, largou de sexto e chegou a andar em quarto, contudo, vinha perdendo posições e na volta 28 estava na 14ª colocação. Por outro lado, Kannan veio de 16º e, nesta mesma volta, estava em 11º. Na volta 28, Alex Tagliani foi o primeiro a entrar no pi-stop para reabastecimento e troca de pneus. E na volta 29, Ed Carpenter também entrou nos boxes (foi o primeiro do pelotão a parar por ser o que mais gasta combustível por ter andando em primeiro). Na volta seguinte, o então líder, James Hinchcliffe e Marco Andretti também entraram. Na volta 31, Will Power e Castroneves entraram para fazer suas paradas. Kannan, que parou mais tarde, herdou a liderança. Após todos os pilotos pararem, Hinchcliffe trabalhou melhor nos boxes e foi à ponta. Os demais do "top 5" mantiveram suas posições. Kannan também fez bom pit-stop e voltou em nono. Na volta 37, Will Power ultrapassou Carpenter e Hinchcliffe e foi à ponta. Hunter-Reay também perdeu posições nos boxes. Kurt Busch, estreante, vinha fazendo uma corrida discreta e em 40 voltas, havia perdido 8 posições em relação à sua posição de largada. Na volta 41, Kannan perdeu a nona posição para Juan Paqblo Montoya. Na volta 41 Ed Carpenter ultrapassou Hinchcliffe e assumiu a segunda posição. Na volta 42 Graham Rahal ter problemas no macaco hidráulico em seu pit-stop e foi forçado a abandonar a prova. Na volta 43, Hildebrand acelerou e ultrapassou Castroneves e Hinchcliffe, assumindo o 3º posto. Na volta 45 Marco Andretti começou o ataque para cima de Hélio. Porém, na volta 48 Hinchcliffe foi ultrapassado por Castroneves e Andretti, e caiu para sexto. E na volta seguinte, Andretti ganhou a posição de Castroneves e na volta 50, Scott Dixon passou James Hinchcliffe, que também vinha caindo de produção. Na volta 56, Andretti passou Hildebrand e, na volta seguinte, passou ainda Ed Carpenter, alcançando a segunda posição. Na mesma volta, Castroneves passou Hildebrand, que também vinha caindo e Castroneves assumiu aquarta posição. Na volta 58, Marco Andretti ultrapassou Power e foi à frente. Hélio também passou Ed Carpenter e procurou a segunda posição, partindo para o ataque para cima de Will Power. Na volta 62 Andretti, Power e Carpenter fizeram sua segunda parada nos boxes e Castroneves foi à frente. Dixon, nesta volta, ultrapassou Hildebrand. Na volta seguinte, Castroneves e Hinchcliffe pararam também e Dixon foi para a liderança. Dixon, então fez sua parada na volta 65. Na volta 66,  Kannan chegou sem gasolina aos boxes e ficou parado por 18 voltas. Após todas as paradas, Castroneves foi para primeiro, Andretti em segundo, Ed Carpenter em terceiro, Dixon em quarto e Power em quinto. Hunter-Reay já estava em sétimo. Castroneves foi pressionado por Andretti até que Hélio começou a ultrapassar retardatários, o que o "overtaking" o fazia andar mais rápido e economizar combustível. Na volta 72, Hunter-Reay já estava em quarto, pois havia passado Pagenaud, Power e Dixon. Partiu, então, ao ataque para ci a de Ed Carpenter. Pagenaud, que se recuperou com um rápido pit-stop, estava em sétimo, porém quem não fez uma boa parada foi Hildebrand, que caiu para 11º. Na volta 78, Andretti foi ultrapassado por Carpenter e caiu para 3º. O fato de Castroneves ter pegado alguns retardatários pelo caminho, fez com que os demais não se aproximassem para um possível ataque. Somente na volta 88 que Hunter-Reay passou Andretti e foi para o terceiro lugar. Na volta 92, Castroneves entrou nos boxes para a terceira ronda de pit-stops. Na volta seguinte foi a vez de Marco Andretti entrar. Na pista, Hunter-Reay ultrapassou Carpenter, na volta 94, na qual ambos entraram nos boxes. Dixon herdou a liderança até entrar nos boxes na volta seguinte. Após essa terceira ronda, Hunter-Reay ganhou a ponta, por ter trabalhado melhor que Castroneves e Carpenter caiu para a 5ª posição, atrás de Scott Dixon. Montoya parou apenas na volta 99 e voltou em sexto. Na volta 103, os três primeiros (Hunter-Reay, Castroneves e Andretti) abriram uma certa distância em relação aos demais. Na volta 103, Dixon, que havia perdido posições para Carpenter e Montoya, perdeu para Power também e caiu para sétimo. Hunter-Reay liderou até a volta 108 quando foi ultrapassado por Castroneves. Na volta 113, Hildebtand se recuperou e foi para quinto. Montoya caiu de produção e foi para oitavo. Na volta 116, Carpenter foi para os boxes. Na volta 118, Hunter-Reay retomou a ponta ao passar por Castroneves.  E as estratégias começaram a mudar a partir desse ponto. Na volta 122, Castroneves entrou nos pits. Uma volta seguinte foi a vez de Andretti. E uma volta depois Hunter-Reay parou. Na 126, foi a vez de Dixon. E na volta 128 foi Power quem parou. Mas três voltas depois ele pagou punição por excesso de velocidade na área do pits. Castroneves começou a aproximar-se de Hunter-Reay. Apenas na volta 132, Montoya fez sua quarta parada nos boxes. Após a quarta parada o "top 5" ficou assim:  Hunter-Reay, Castroneves, Andretti, Carpenter e Dixon. Montoya teve que pagar punição também, mas por excesso de mecânicos em seu pit-stop. Na volta 137, Castroneves perdeu a segunda posição para Andretti, que duas voltas depois assumiu a liderança após passar Hunter-Reay. Na volta 150, Charlie Kimball rodou e quase bateu forte, mas foi o suficiente para provocar a primeira bandeira amarela da prova. O que quebrou um recorde positivo. 150 sem bandeira amarela, sem acidentes. O "Safety Car" entrou e ficou por 7 voltas. Enquanto isso, muitos pilotos aproveitaram para fazer a parada nos boxes. Na relargada, a ordem era: Carpenter, Hunter-Reay, Andretti, Dixon e Castroneves. Logo na primeira curva Hunter-Reay foi à frente. E a classificação ficou assim:


A 42 voltas do final, Carpenter recuperou a ponta. Nessa altura, os pilotos já começavam a ficar um pouco mais agressivos. E a troca de liderança continuou e Hunter-Reay retomou a ponta. A 38 voltas do fim, Carpenter retomou a liderança. E na volta seguinte, Hunter-Reay recuperou o primeiro lugar. E a 32 voltas para o final, Dixon perdeu o controle e bateu, causando a segunda bandeira amarela. Mais uma vez, muitos pilotos entraram nos boxes. Na saída a ordem foi: Hunter-Reay, Ed Carpenter, Townsend Bell, James Hinchcliffe e Hélio Castroneves. Após sete voltas com o "Safety Car", a corrida recomeçou. Logo na primeira curva após a relargada, Hinchcliffe foi por dentro e Bell por fora de Carpenter. No meio da curva Hinchcliffe bateu em Carpenter, e Bell escapou, mas ocorreu a terceira bandeira amarela. O "Safety Car" ficou por três voltas e a corrida recomeçou na volta 179. Hunter-Reay largou bem, de novo, e Castroneves perdeu a 2ª posição para Andretti. Três voltas depois, Andretti foi a liderança, mas Hunter-Reay a recuperou na volta seguinte. Até que Castroneves recuperou a segunda posição. Mas na volta 191, Townsend Bell, que vinha perdendo posições, rodou e bateu muro. A batida interrompeu a corrida, pois caso ocorresse apenas bandeira amerela, a corrida recomeçaria na ultima volta, ou até mesmo acabaria. Após o reinício, faltando seis voltas para o final, Andretti foi para cima de Castroneves, que se defendeu e partiu para o ataque para Hunter-Reay. Na volta 196, Castroneves assumiu a ponta até a volta 197. Nesta volta, Hunter-Reay retomou a liderança, mas perdeu-a na volta seguinte para o brasileiro Hélio Castroneves. Porém, na última volta...



Hunter-Reay jogou por dentro, suportou a pressão de Castroneves e venceu. 
Após observar as fotos abaixo, não preciso nem explicar o porquê da fama da Indy 500. Obrigado aos pilotos pelo espetáculo. Que venham mais dessas por aí.



Guilherme Jamil

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Champions League - "La Décima"

Encerra-se mais um capítulo da Champions League. Sua edição de número 59. Mas é o número 10 que entrou para a história. Parabéns ao Real Madrid que conquistou "la décima" (o décimo triunfo).
A final foi empolgante. A raça, a técnica e a rivalidade entraram em campo, e o Real Madrid quem se sobressaiu no primeiro clássico entre times da mesma cidade em uma grande final da Champions League.
Mais uma vez, a UEFA garantiu o espetáculo ao público, com uma apresentação espetacular. Ao cantar do hino da UEFA e na entrada dos times, o público fez a festa.
E então veio o jogo.
Começava o primeiro tempo. Nos dez primeiros minutos o jogo foi muito "pegado" e prevaleceu a vontade de jogo de ambos lados. Logo aos oito minutos de jogo, o astro do Atlético de Madrid, Diego Costa, sentiu dores na coxa esquerda e foi substituído por Adrián López.
Aos dez minutos, a torcida dos rojiblancos começou a preesionar os adversários e cantou durante o resto do primeiro tempo. E, dentro de campo, o time correspondeu, foi para o ataque, e pressionou para fazer um gol que não saía. Depois de trinta minutos, o Real teve duas boas chances para armar um ataque, mas sobressairam-se os rojiblancos. E a pressão continuou. Até que, aos trinta e seis minutos da etapa inicial, após um rebote de escanteio, Cassilas saiu mal do gol e a bola sobrou para Godín fazer um a zero. Após o gol, o Atlético de Madrid reduziu um pouco a pressão, mas nada suficiente para que perdesse o controle do primeiro tempo, onde dominou o Real Madrid, que mostrava não estar em seus melhores dias.
No segundo tempo, os rojiblancos se recuaram bastante, receando ir ao ataque e tomar um contra-golpe fatal do Real Madrid, que tinha o melhor ataque da competição. Com isso, deram muito espaço para que o Real pudesse jogar, que passou a dominar o jogo, atrás do gol de empate. O Real não estava tão bem, tecnicamente. Mas como qualquer time faria, foi buscar o resultado. Fechado, em sua defesa, o Atlético apostava em contra-golpes, mas permanecia sem a posse da bola. O Real permanecia tentando. Gareth Bale perdeu duas boas oprtunidades, mas o Real ainda estava sem criatividade. O Atlético suportou a pressão até os quarenta e oito minutos da etapa complementar. Até que Modric bateu o escanteio com força, a bola passou por Cristiano Ronaldo, passou por Diego Godín, mas não passou por Sérgio Ramos, que mandou a bola para as redes e empatou o jogo.
Na prorrogação o Atlético foi para a frente, de novo, e tentar algo, mas deixou sua defesa aberta, e tomou pressão do Real. Cristiano Ronaldo permaneceu muito apagado do jogo. E o jogo tornou a ficar mais disputado. E nada de gols no primeiro tempo.
Então veio o segundo tempo. Os rojiblancos estavam esgotados fisica e mentalmente. E veio o golpe fatal. Dí Maria tentou jogada pela esquerda, passou por três adversários e, de dentro da grande área chutou e Courtois defendeu, mas no rebote, Gareth Bale, de cabeça, jogou no ângulo. A parte moral do Atlético também iria embora, mas a torcida não. Porém, não dava mais. Marcelo recebeu a bola sozinho, e sem ninguém, para tocar, resolveu fazer a jogada individual e bateu forte, no meio do gol, e Courtois aceitou. Mas aindia cabia mais um. Cristiano Ronaldo passou por Gabi e ficou cara a cara com o goleiro. Então Gabi o derrubou. Pênalti. Ronaldo bateu no canto esquerdo do goleiro e decretou o título.
Parabéns ao Real Madrid pela conquista e ao Atlético de Madrid pela força de vontade que teve e pela sua brilhante torcida. Com isso, encerra-se a temporada do futebol europeu, em grande estilo. Contudo, depois da Copa do Mundo a próxima temporada, e a próxima Champions League também, iniciam-se. Até lá Champions League.




Guilherme Jamil



sábado, 24 de maio de 2014

Champions League - Mais um capítulo

E que capítulo teremos hoje. A UEFA Champions League encerra hoje seu 59º capítulo. E o final promete ser emocionante. Pela primeira vez na história dos campeonatos europeus dois times da mesma cidade disputam o título: Real Madrid e Atlético de Madrid. É aquele jogo do tipo em que não há favoritos.
O Real Madrid quer "lá decima" e o Atlético de Madrid quer fazer história e alcançar um feito inédito em sua história.
O capítulo deste ano foi e espero que seja emocionante.
Logo na primeira fase a competição contou com times conhecidos, como Arsenal, Schalke 04 e Milan. Estes, não decepcionaram e se classificaram para a fase de grupos.
Na fase seguinte, algumas zebras aconteceram. Napoli, Porto, Benfica, Juventus e Shakhtar Donetsk foram eliminados. Nesta fase, este capítulo (edição) da UEFA Champions League conheceu os dois finalistas madrilenos.
Após a fase de grupos começou a derradeira fase de "mata-mata", iniciando-se com as oitavas de final. Na primeira etapa da fase final, alguns "gigantes" começaram a se despedir da competição. Foi o caso do Arsenal, Manchester City e Milan, que foram derrotados pelo Bayern de Munique, Barcelona e Atlético de Madrid, respectivamente. Nesta etapa, alguns times ainda aplicaram goleadas, como no caso do Real Madrid ganhando de 6 a 1 do Schalke 04 e o Paris Saint-Germain bateu o Bayer Leverkusen por 4 a 0; com ambos garantindo sua classificação. Além destes cinco, Manchester United, Borussia Dortmund e Chelsea classificaram após baterem o Olympiakos, Zenit e Galatasaray, respectivamente.
Na etapa seguinte, começaram-se os confrontos em que não há favoritos. O poderoso Bayern de Munique passou aperto para vencer o Manchester United. O Chelsea teve que correr atrás do prejuízo, após perder o primeiro jogo e venceu diante de sua torcida o Paris Saint-Germain por 2 a 0. O Borussia Dortmund vacilou em alguns momentos contra o Real Madrid no segundo jogo, onde poderia ter revertido o 3 a 0 do primeiro jogo, porém, ficou a apenas um gol dos pênaltis, resultando na classficação do Real Madrid. E, para complementar, a nova era do Atlético de Madrid venceu a antiga era do Barcelona. No primeiro jogo, em Barcelona, empate por 1 a 1. Com esse resultado, um empate sem gols no jogo seguinte, em Madrid, classificaria o Atlético, que venceu o clássico por 1 a 0.
Vieram, então, as semi-finais. Surpreende pode ter sido que o Real Madrid acabou com o império do Bayern de Munique. Porém, surpreendente foi a forma como isso aconteceu. Após vencer o primeiro jogo por um placar "magro" 1 a 0, o Real Madrid chegou ao segundo jogo predestinado. Simplesmente venceu o Bayern por 4 a 0, na Alemanha. Na outra chave o Atlético de Madrid provou por que tinha que ir à final. Empatou sem gols na Espanha e foi buscar o resultado na Inglaterra e bateu o Chelsea por 3 a 1 de virada e passou para a final.
É essa emoção que espero na final. Que seja repleto delas. Um campeonato extremamente espetacular, disputado e cobiçado por todos promete ser daqueles mais eletrizantes.

Guilherme Jamil

domingo, 18 de maio de 2014

MLB - Ela Voltou





Ahhhh! Parece que foi ontem. Quando o Boston Red Sox venceu a temporada passada e me lembro que, acompanhando pela ESPN escutei Rômulo Mendonça falando: "O Boston Red Sox se sagra campeão. E, com isto, a temporada da MLB, ELA DISSE ADEUS, mas ela volta ano que vem...". Rômulo Mendonça narra "ELA DISSE ADEUS" quando ocorrem home runs, e com esta frase, fez um trocadilho, dizendo que a temporada havia chegado ao fim, mas que voltaria em 2014.
E voltou.
É verdade. 2014 "dá o seu olá" para a nova MLB 2014. A temporada iniciou-se em 22 de março deste ano. Hoje os times têm em torno de 40 jogos já disputados dos 162 que realizam anualmente, apenas pela temporada regular. Alguns destaques surgem. Entre esses destaques, há times que mantêm sua porcentagem de vitórias acima de 60 por cento, que é uma marca muito boa para uma classificação para os Playoffs, como Detroit Tigers, Oakland Athletics, San Francisco Giants e Milwaukee Brewers.
Jogos espetaculares já aconteceram, viradas históricas, jogadas incríveis e goleadas. Baseball, às vezes parece um jogo sem graça, pois é demorado e apenas com pitches inespressivos. Porém, isto dificilmente ocorre na Major League Baseball. Os incríveis jogadores conseguem transformar a MLB em algo divertido. Os destaque então continuam:


A música de fundo também retrata a falta que fez a MLB durante este tempo de férias. Que continue assim. Quando mais emocionante for, mais falta fará, e mais de sua presença gostaremos. Mas nos dias de hoje, ainda está longe das férias. ELA VOLTOU!

Guilherme Jamil

NHL - E o show continua...

Quem esperava! A zerbra está correndo solta nos Playoffs da NHL. Dos favoritos, muitos já estão em seus sofás assistindo o resto dos Playoffs na televisão!
Até agora, estou impressionado. Os Playoffs estão de "rachar o gelo". Emoções e zebras para tudo que é lado, ou melhor, jogo.
O que mais me impressionou foi a força de vontade de vencer e correr atrás do prejuízo de um time de tradição, mas nem de perto, favorito. Este time é: Los Angeles Kings.
Após sair perdendo as duas séries que disputou, os Kings seguem firmes e fortes na luta pela taça. Porém, os Kings não tiveram nem um pouco de vida fácil até agora. A primeira vítima foi o San José Sharks. Após abrir 3 x 0 em uma série de melhor de 7 jogos, os Kings simplesmente, viraram. Ganharam os 4 jogos restantes, sendo dois deles longe de sua torcida, e se classificaram após, então, eliminar um bom time, o 4º melhor time da fase de grupos. Em seguida, veio o favorito da conferência e um fortíssimo, até então, candidato ao título: o Anaheim Ducks. Os Ducks passaram uma certa adrenalina ao serem ameaçados pelo Dallas Stars. Porém reagiram, classificaram-se e eram os favoritos contra os Kings, que sabiam que estatística não entrava em campo. Então, para começar ganhou os dois primeiros jogos em Anaheim. Porém, nos dois seguintes jogos, em Los Angeles, o time vacilou e perdeu. De volta a Anaheim, o time perdeu mais uma e tomou a virada na série: 3 x 2. Para os Ducks então, bastava ganhar um dos dois jogos restantes para a classificação. Na vontade, os Kings venceram os dois e se classificaram.
Outra surpresa foi a eliminação, na primeira fase dos Playoffs, do Colorado Avalanche que, na fase de grupos, conseguiu uma virada sobre os Blues, na reta final, e conquistou o 1º lugar da divisão, mostrou raça e superação, que faltou na derrota para o Minessota Wild.
O Chicago Blackhawks mostrou determinação ao eliminar um excelente time do Saint Louis Blues e ao eliminar o Minessota Wild na fase seguinte. O atual campeão quer o bicampeonato consecutivo e para isso terá agora pela frente a sensação do momento: Los Angeles Kings.
E essa foi apenas a Conferência Oeste, porque pela conferência leste, "o gelo está pegando fogo"!
Nas quartas de finais de conferência cad um dos times que se classificaram foi de um jeito diferente dos demais. O Montreal Canadiens precisou de apenas 4 jogos para passar da forma absoluta e totalmente soberana pelo Tampa Bay Lightning, vencendo os 4 jogos; os Bruins perderam a primeira em casa, mas depois do "sacode", resolveram jogar do jeito que jogaram a temporada regular, controlando os adversários e venceu as 4 seguintes e desclassificou o Detroit Red Wings; o Pittsburgh Penguins teve um pouco mais de dificuldade para passar pelo Columbus Blue Jackets, precisando de 6 jogos e, ganhando o último deles para se classificar em Columbus, longe da sua torcida; e, por último, os Rangers foram para a emoção total do 7º jogo para vencer a série por 4 x 3, eliminando, consequentemente, o Philadelphia Flyers.
Os favoritos, disparado, eram os Bruins. Boston estava em festa, até que veio o maior campeão da NHL, o Montreal Canadiens, e bateu o Boston Bruins com 7 jogos, vencendo o último deles e se classificando em Boston, para desespero da maioria dos torcedores que estavam presentes. No outro confronto das semi-finais da conferência, o New York Rangers, para deixar mais emocionante, também precisou de 7 jogos, deixando as disputas completamente abertas entre ele e os Penguins, até que resolveu provar seu absolutismo perto da sua torcida e venceu a série, classificando-se para as finais de conferência.
Veio-a então. As finais de conferências. Penúltima fase. As disputas seguem abertas, porém, ontem e hoje, já teve time que saiu em vantagem. Pela conferência leste, no primeiro jogo, o New York Rangers mostrou mesmo que está com muita vontade de classificar-se para a Stanley Cup (final) e venceu o primeiro confronto contra o Montreal Canadiens por 7 x 2! Pela conferência oeste, os Blackhawks venceram em casa os Kings e colocaram um pé na frente na corrida pela vaga na Stanley Cup.
Mas, muitas emoções ainda estão por vir. As disputas de "rachar o gelo" continuam, afinal trata-se de um Playoff. Contudo, alguns favoritos eliminados e ourtos não, este Playoff não deixa de ter bons times e excelentes jogadores, que certamente nos apresentarão um ótimo jogo e belas disputas, trazendo gigantes emoções. Todos continuam lutando pela taça.





E que continuem até o final.

Guilherme Jamil

sábado, 17 de maio de 2014

The Finals - Espetáculos que vieram e que virão

Ao se esperar emoção em um jogo de hóquei, o que dizer quando hóquei e basquete ocorrem simultaneamente? E quando chegam-se os playoffs?
É o que ocorre nos Estados Unidos atualmente. Os gigantes disputam pelo mais gigante ainda. Um tão cobiçado título.
The Finals, por si só, já é suficientemente fantástica. Principalmente quando se vem de uma temporada em que uma final de basquete terminou na prorrogação. O que se esperar desta vez? Com certeza não há favoritos ao título. As finais de conferência estavam quase certas para Miami Heat e San Antonio Spurs. Porém, Oklahoma City Thunder e Indiana Pacers, dois destaques dessa temporada, tiveram que suar a camisa para passar por Los Angeles Clippers e Washington Wizards, respectivamente, e agora virão com muita raça, vontade e determinação para se classificarem para a final. O que nos resta, é torcer e acompanhar os espetáculos que estão por vir.
Falando em espetáculos, foi o que não faltou nestes playoffs:
Com Oklahoma City Thunder contra Memphis Grizzlies: 4 jogos seguidos na prorrogação. Os jogos 2,3,4 e 5 terminaram assim:
OKC 105 x 111 MEM - Jogo 2 - 21/4
MEM 98 x 95 OCK - Jogo 3 - 24/4
MEM 89 x 92 OCK - Jogo 4 - 26/4
OCK 99 x 100 MEM - Jogo 5 - 29/4
Ainda nas quartas de finais de conferência, na chave oeste as outras séries precisaram de: 6 jogos em Portland Trail Blazers 4 x 2 Houston Rockets, sendo os jogos 2,4 e 5 também na prorrogação; 7 jogos em San Antonio Spurs 4 x 3 Dallas Mavericks e 7 jogos também em Los Angeles Clippers 4 x 3 Golden State Warriors.
Já na conferência leste, o Miami Heat atropelou o Charlotte Bobcats: 4 x 0. Outro favorito, o Indiana Pacers, passou sufoco contra os Hawks e venceram a série no 7º jogo. Os Nets venceram sua série também no 7º jogo, no aperto contra o Toronto Raptors e os Wizards passaram relativamente fácil pela lenda Chicago Bulls.
Mas o espetáculo não parou por aí. Nas semi-finais de conferência teve mais emoção.
O Miami Heat precisou de 5 jogos para bater os Nets, que por sua vez, foram valentes e lutaram até o último segundo, perdendo o 5º jogo por apenas um ponto. O outro finalista da conferência leste, o Indiana Pacers bateu o Washington Wizards com seis jogos, mas passando aperto em alguns. O mais supreendente foi que Indiana ganhou apenas um dos três jogos que disputou em seu estádio e, em Washington, ganhou as três que disputou.
Pela conferência oeste, os Spurs bateram o Portland Trail Blazers, com uma certa folga, vencendo a série com apenas cinco jogos: 4 x 1 e com um excelente ataque, fazendo perto de cem pontos todos os jogos. E o último teve que ter um pouco de sofrimento de novo: Oklahoma City Thunder. Após sair em desvantagem do primeiro jogo novamente, os Thunders correram atrás, e, com um ataque espetacular, viraram a série no jogo 5: 


Após virarem o jogo cinco e a série, fazendo 15 - 3 nos últimos tre^s minutos e meio, os  Thunder foram até Los Angeles e bateram os Clippers.
Com um Playoff destes, não tem jeito de ficar de fora. Virão ainda muitas emoções, alegrias e decepções. Contudo, vale a pena acompanhar: Miami Heat x Indiana Pacers; San Antonio Spurs x Oklahoma City Thunder. Não sei o que acontecerá no resultado, mas sei que se algum time quiser chegar até a THE FINALS, terá que suar a camisa e mostrar que merece.

Guiherme Jamil

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Há 20 anos morre uma nação

Há 20 anos atrás, algo estranho aconteceu. No dia 1/5/1994, nosso héroi Ayrton Senna despedia-se de sua torcida, de sua alegria, de sua vontade e de sua paixão. Há 20 anos, as manhãs de domingo estão um pouco mais vazias ao que pareciam ser.
Nesse dia, não morreu apenas um piloto. Morreu um símbolo da Fórmula 1, um astro brasileiro e uma nação inteira pareceu ter sofrido por ele também. Ayrton deixa saudades... .
Mas não deixa apenas pelo lado ruim. A história de um grande piloto e uma grande pessoa também.
O espetáculo de Senna começou cedo, aos 4 anos, com um carro construído pelo pai de Ayrton, Milton Silva, que dispunha-se de um motor de um cortador de grama, e foi com essa geringonça que Ayrton começou a escrever sua história.
As competições oficias começaram a serem bancadas pelo seu pai. Aos treze anos, Ayrton participou de seu primeiro campeonato. Em 1977, após terminar em segundo em várias ocasiões (nos campeonatos paulista e mundial), Ayrton chegou ao seu primeiro título, quando ganhou o campeonato sul-americano. Ainda em 1977, Ayrton também se sagrou campeão brasileiro e, após seu terceiro título brasileiro e sul americano simultaneamente, Ayrton foi buscar seu futuro na Europa.
Em 1981 se sagrou campeão da Fórmula Ford 1600, vencendo 12 das 20 corridas pela equipe de Ralf Firman e em 1982, já na Fórmula Ford 2000, Ayrton venceu 22 das 27 corridas e o título, garantindo uma vaga na Fórmula 3.
Em 1983, Ayrton estabeleceu um novo recorde na categoria: 9 vitórias consecutivas, ganhando 13 em 21 corridas do total, que lhe concedeu o título de forma brilhante e um teste na equipe Williams.
Em  1984, Ayrton entrou na Fórmula 1, entretanto na equipe Toleman. Sem um carro de ponta, Ayrton brilhou e conseguiu um segundo lugar em Mônaco. Em 1985 foi para a Lotus onde venceu sua primeira corrida em Estoril, de forma incrível sobre forte chuva, onde colocou uma volta em cima de cada adversário, menos um.
Em 1986 e em 1987 desenhava-se um incrível piloto. Ayrton permaneceu na Lotus e venceu quatro corridas durante estes anos.
Em 1988 a oportunidade surgiu e Senna aproveitou. Senna foi para a McLaren e fez dupla de equipe com Alain Prost, e levou a melhor vencendo 8 corridas e o título com uma corrida de antecedência, mas de forma incrível novamente. Após fazer a pole position, "ficar" na largada e cair para 16ª posição, nosso herói virou a corrida e venceu.

 

Em 1989, Prost e Senna começaram um duelo histórico na Fórmula 1, chegando ao Japão como líder e vice-líder, de novo. Na volta 46 de 53, Prost forçou um toque com Ayrton e abandonou. Já Senna, retornou à corrida, com o bico e suspensão avariadas, fez um pit-stop, voltou em 2º e venceu. Contudo, foi desclassificado por ter usado a pista de serviço e o título ficou com Prost.
Em 1990 e em 1991, Prost correu pela Ferrari e Senna teve dois bons carros e ficou em excelente posição para vencer. Em 1990, foi de forma triste, mas como todos os brasileiros queriam. Senna bateu em Prost logo na primeira curva e ficou com o título após a amarga derrota de 1989.
Em 1991, foi mais tranquilo. Venceu sete das dezesseis corridas (incluindo a corrida no Brasil em que terminou a corrida apenas com a sexta marcha) e, no Japão de novo, disputou com Mansell que passou reto na primeira curva da nona volta, entregando o título para Senna.
Em 1992 e 1993, Senna competiu contra dois carros eletrônicos da Williams. Entretanto fez história em algumas corridas como em Mônaco em 1992 e 1993 e em Donington Park, no GP da Europa em 1993. Foram dois bons anos que Senna correu muito bem, mas tinha um carro muito inferior às Williams, que faturaram os dois títulos.
Em 1994 Ayrton foi para a Williams. Neste ano, foi proibido o uso de equipamentos eletrônicos, que fez a Williams perder toda sua vantagem em relação aos demais. Ayrton perdeu o carro na primeira curva do GP do Pacífico e rodou, na volta 55 do GP do Brasil. Em Ímola, Ayrton viu de perto o acidente de Rubens Barrichello e o acidente fatal de Roland Ratzenberger. Na corrida, Ayrton foi ao muro na volta oito na curva Tamburello, onde milhares de fãs viram de perto a partida de uma figura do esporte brasileiro.
São essas as lembranças que mais marcaram para seus fãs. Não o vi correr, mas foi incrível o que ele fez e o que ele deixou. Todas as homenagens serão pouco demais para Ayrton Senna da Silva.

Guilherme Jamil