A luta pelo campeonato segue mais acirrada do que nunca! Temos um empate restando sete corridas para o final da temporada. A disputa pelo campeonato começa a ficar mais restrita àqueles pilotos que vêm fazendo uma temporada consistente. Com grande exclusividade, muitos talentos das pistas já começam a ficar de fora.
Tony Kanaan não vêm fazendo uma temporada ruim, mas sua equipe o prejudicou bastante em corridas valiosas (como as falhas de estratégia em Pocono e Indianápolis 500, que têm pontuação dobrada) e Tony acabou praticamente sem chances de disputar o campeonato. Analisando a tabela de classificação, vemos que toda a tradicional equipe de Tony, Chip Ganassi não tem pilotos em boas condições de disputar o campeonato. Scott Dixon e Ryan Briscoe estão bem atrás dos líderes, um pouco abaixo coloca-se Tony e, em uma situação mais desesperadora, aparece Charlie Kimball. É bem decepcionante o que faz a Ganassi este ano, com seu melhor piloto no campeonato 149 pontos atrás dos líderes! Este, na minha opinião, é o maior ponto fraco da temporada até agora, pelo que pode render uma equipe tão grande, que é a Chip Ganassi dentro da competição.
Em contrapartida, que campeonato faz a Team Penske. Espetacular, tudo funcionado perfeitamente bem. A principal disputa neste momento não é a Penske contra outras equipes, mas entre dois pilotos da Penske que lideram o campeonato e o terceiro piloto da Penske que é um dos que mais evoluiu nas últimas etapas e já se encontra em quarto no campeonato.
Também chama a atenção Simon Pagenaud, que vem evoluindo bastante em uma equipe mediana, que, nesta temporada, não o limitou e o proporcionou duas vitórias. Após um belo inicio de temporada e uma consistência mantida durante o meio do campeonato Pagenaud mantem-se firme na disputa.
A sete corridas do fim, a Penske vem mostrando soberania em relação as demais equipes e tranformando-a em resultados positivos. Com 11 corridas disputadas até o momento, em 9 delas algum piloto da Penske esteve no pódio, sendo em 4 ocasiões, em seu lugar mais alto. Com maior consistência, tem seus três pilotos em 1º, 2º e 4º no campeonato.
O primeiro, Will Power é o piloto que tem maior consistência na temporada e tem as suas duas vitórias que lhes dão vantagem. Em segundo lugar, o brasileiro Hélio Castroneves tem os mesmo 446 pontos que o líder, porém apenas uma vitória. Aproveitou-se bastante das duas corridas de 500 milhas disputadas até agora (Indianápolis 500 e Pocono 500), que possuem pontuação dobrada, onde fez duas excelentes provas e terminou ambas em segundo lugar, descontando nessas corridas a vantagem que tinha Will Power. E em quarto lugar, o colombiano Juan Pablo Montoya vem crescendo e conquistou 3 pódios nas últimas 4 corridas, o que o colocou a apenas 55 pontos de seus companheiros de equipe que lideram o campeonato.
Acredito eu, que a temporada já está com restrição dos sete primeiros, para disputar o título nesta fase final. Em oitavo encontra-se Scott Dixon. Nesta altura do campeonato é muito improvável que Dixon consiga alcançar os demais e brigar pelo título, devido à enorme desvantagem que acumulou ao longo do campeonato. Então, além dos três pilotos da Penske, acredito que apenas mais quatro talenos podem disputar o título, inédito para seis deles. Will Power, Hélio Castroneves, Marco Andretti e Simon Pagenaud tentam seu primeiro título da categoria, após mais de um ano de experiência. Em sua primeira temporada completa, o colombiano Carlos Muñoz tenta seu primeiro título também. Outro colombiano, Juan Pablo Montoya foi campeão apenas na CART, que se separou da Indy. Montoya, porém, nunca venceu a Indy. E o único campeão com chances reais de tentar o bicampeonato é Ryan Hunter-Reay.
Carlos Muñoz é um novato arrojado e competitivo. Vem evoluindo bastante nas últimas corridas e conquistou seu terceiro pódio na temporada na última corrida. Não tem o melhor carro do grid, mas tem um bem competitivo que pode fazer com que esta temporada continue sendo vitoriosa.
Ryan Hunter-Reay foi o vencedor das 500 milhas de Indianápolis e do Grande Prêmio do Alabama. Porém, possui mais abandonos que vitórias, o que o prejudicou bastante. Mas sua competitividade e competência podem, no final do campeonato, mudar esta situação desagradável.
Por último, o outro candidato é mais um da família Andretti. Marco é o terceiro piloto da família, neto do campeão da Fórmula 1, Mario Andretti, e filho do campeão da CART, Michael Andretti. É muito arrojado, mas, às vezes, até demais. Seu arrojo desmedido custaram-lhe pontos importantes em boas corridas que vinha fazendo, como nas duas etapas de Houston. Porém, seu ótimo terceiro lugar na Indy 500, de certa forma, amenizou o impacto que seus erros causaram-lhe.
Apesar de o domínio ser da Penske, o campeonato ainda promete!
Guilherme Jamil
Vamos torcer pelo Helinho, que já faz por merecer. Entretanto, vai ser uma disputa muito apertada nessas últimas provas do campeonato.
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