A grande revolução das competições automobilísticas dessa década se mostrou um grande fracasso. A FIA, desde a ascensão de Todt, promoveu o desenvolvimento dos híbridos com o intuito de aumentar a aplicação e evolução tecnológica do propulsores, por meio de sua implementação na F1 e também na principal categoria dos protótipos de endurance, a LMP1. Como resultado, desde 2014 a Fórmula 1 vive uma era de alarmante discrepância de desempenho entre as equipes, e, a partir de alguns anos antes, instaurava-se uma crise sem precedentes na principal categoria do WEC, e muito disso se deve aos motores híbridos.
A renomeada unidade de potência nunca vingou em nenhuma das categorias. Por mais que a F1 sempre foi palco de aplicações de novas tecnologias automotivas, o motor híbrido foi uma das mais caras (se não a mais custosa) de toda a história do esporte. O alto custo de desenvolvimento e a alta complexidade estrutural da engenhoca resultaram na debandada geral de montadoras da LMP1. A competição de endurance sempre foi marcada pelo incessante embate entre montadoras, exibindo inovações a cada edição das 24 horas de Le Mans, e hoje vê sua principal categoria mergulhada em uma crise desesperadora, enquanto as demais categorias - que não usam os motores híbridos - prosperam.
A renomeada unidade de potência nunca vingou em nenhuma das categorias. Por mais que a F1 sempre foi palco de aplicações de novas tecnologias automotivas, o motor híbrido foi uma das mais caras (se não a mais custosa) de toda a história do esporte. O alto custo de desenvolvimento e a alta complexidade estrutural da engenhoca resultaram na debandada geral de montadoras da LMP1. A competição de endurance sempre foi marcada pelo incessante embate entre montadoras, exibindo inovações a cada edição das 24 horas de Le Mans, e hoje vê sua principal categoria mergulhada em uma crise desesperadora, enquanto as demais categorias - que não usam os motores híbridos - prosperam.
Já na F1, o atual panorama em relação à famigerada unidade de potência é assustador. Há um grande "hibridismo" no paddock (construtores e não construtores dos motores), provocado pela adoção de tal sistema: aquelas equipes que não fabricam seus próprios motores se tornaram completamente dependente das fabricantes. A maior evidência de tal covarde relação esportiva é o fato da renomada McLaren, fortíssima concorrente das equipes fabricantes, em condições normais, poder depender de um conselho administrativo para decidir seu fornecedor de motores.
Formaram-se, na prática, grandes empresas de F1, como a Mercedes, que voltou à categoria em 2010 com uma mentalidade empreendedora, com fins primários explicitamente lucrativos. Com o anúncio da alteração dos propulsores, em pouco tempo a marca alemã voltou seus objetivos para a construção da unidade de 2014, estabelecendo o domínio da categoria, lucrando com prêmios e com os clientes reféns.
Me pergunto por que não há um campeonato dos motores, estes sim valendo prêmios milionários (em vez do campeonato de construtores), para suprir os gastos estratosféricos do desenvolvimento dos propulsores. Além da questão financeira, muitas marcas poderiam ser atraídas para investir na categoria automobilística e fornecer motores para as equipes não fabricantes, desenvolvendo o motor em associação com o projeto completo do carro das equipes.
Contudo, resta agora aos fãs aceitar e abraçar os híbridos, já que as alterações do calendário do WEC para um futuro próximo é as propostas mudanças no regulamento das unidades de potência da F1 para 2021 sugerem que os híbridos vieram para ficar por algum tempo. Inclusive há a possibilidade de a McLaren se tornar construtora de motores (caso o custo para produção seja aceitável), solucionando, ao menos o maior problema da F1 promovido pela nova unidade de potência.
Guilherme Jamil
Não sei se é só esse o motivo para tanta discrepância na F1. a questão do orçamento ainda pesa muito também. As regras sempre deveriam ser feitas para igualar as equipes, deixando a diferença por conta da estratégia e do habilidade dos pilotos.
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