Era bem esperada a temporada de 2017 da Fórmula 1, já que mudanças no regulamento estavam previstas, originando um clímax intenso para os fãs. Decorridas as 5 primeiras etapas, torna-se possível uma análise comparativa com as temporadas anteriores, sobretudo no que se refere à competitividade, que mais atrai o público.
A principal mudança técnica para esse ano é a alteração das dimensões dos veículos e dos pneus. É uma questão importante a ser analisada, uma vez que se trata de alterações estéticas perfeitamente visíveis para o torcedor, o que o aproxima dos bastidores e possibilita maior conhecimento técnico sobre o esporte, de certa forma. O novo regulamento prevê carros e pneus mais largos, a fim de aumentar a pressão aerodinâmica sobre o monoposto e sua estabilidade nas curvas, proporcionando maior velocidade média na volta. Isso resulta em uma maior pressão (da força G) sobre os pilotos, aumenta a dificuldade de ultrapassagem em linhas gerais e aumentou o equilíbrio técnico entre carros distintos. Portanto, a alteração no regulamento foi, sem dúvida, a mais atraente e comentada.
Nas pistas, o resultado é perceptível: a incontestada Mercedes de 2016 agora sofre pressão constante da Ferrari, gerando o maior duelo do campeonato até agora, entre Vettel e Hamilton. Tal equilíbrio técnico ressaltou a importância da estratégia de pit-stops durante as corridas, visto que o domínio da Mercedes dos anos anteriores os garantia a segurança de estratégias menos arriscadas e mais conservadoras. Como comprovação, duas corridas já foram decididas em ultrapassagens proporcionadas por estratégias adotadas: os GPs de Austrália e Espanha.
É notável a incessante disputa pela primeiras posições (dada a competitividade da Mercedes e Ferrari), com a intensidade desejada pelos fãs. Contudo, a discrepância dos níveis técnicos entre as demais equipes continua absurdamente alta - evidente no baixo número de ultrapassagens e pouca competitividade dos integrantes no pelotão intermediário. Conclui-se que a disputa que todos os espectadores desejam ver (pela ponta), é corriqueira, apesar de ainda um pouco monótonas as corridas. Talvez devesse ser o principal foco da direção da categoria proporcionar maior desenvolvimento técnico das demais equipes, a fim de estimular mais ultrapassagens, profissionalismo e entretenimento.
A perspectiva para a solução do problema do número de ultrapassagens é boa, visto que os comandantes da Fórmula 1 são novas figuras no Paddock: o grupo Liberty Seguros adquiriu os direitos de transmissão das provas da categoria, e um excelente trabalho foi feito até agora, já que o interesse na categoria cresceu com as medidas adotadas pelos dirigentes. Vêm sendo tomadas ações que aproximam o público dos bastidores e aumentam a popularidade da Fórmula 1, como a feita com o jovem francês Thomas (que entrou em prantos quando Räikkönen bateu no último GP, foi identificado pela equipe de transmissão da corrida e foi convidado a conhecer pessoalmente o ídolo).
Realmente é bem interessante a temporada de 2017 e a perspectiva a respeito do futuro do esporte, animadora para os fãs, investidores e pilotos. As mudanças desejadas vêm acontecendo efetivamente. Os fãs finalmente podem esperar ansiosamente pela próxima corrida (GP de Mônaco, dia 28 de maio).
Guilherme Jamil
ninguém aguentava mais o domínio da Mercedes. todos querem equilíbrio e disputa. tá melhorando, mas como bem descrito acima, vai melhorar quando mais equipes estiverem em condições de disputar as primeiras posições
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